Não transfira a responsabilidade. Ao julgar a nova geração, você estará julgando seus filhos. Nossos filhos são reflexos diretos da criação que damos a eles, simples assim. Precisamos fazê-los criar uma “casca grossa”? Claro! Nesta reflexão, coloco a “casca grossa” no seu devido lugar. Vamos lá…
Todos precisamos ser “casca grossa” se quisermos atingir nossos objetivos, porém, a “casca grossa” precisa ser exclusivamente do nosso corpo. Criá-la demanda exercícios físicos (orientados por um profissional que vai avaliar seus objetivos e equilibrá-los com suas necessidades reais), alimentação saudável (mínimo de açúcar e de produtos industrializados ultraprocessados), zero cigarro, mínimo álcool e sono adequado (em quantidade e qualidade). Não existe “casca grossa” sem estas premissas. A “casca grossa” se faz com disciplina e constância, mesmo sem gostar, mas por que é preciso. O corpo forte é indispensável para uma alta performance verdadeira. Nossos filhos precisam saber e fazer isso. Como? Pelos nossos exemplos. Se não for por você, que seja por eles!
Ao longo da vida, vamos criando cascas para nos proteger daquilo que nos aflige e nos incomoda (desilusões, falhas, tristezas, traumas, medos). O processo de desenvolvimento emocional e espiritual demanda a retirada destas cascas para se chegar no autoconhecimento real. É preciso aguçar e estimular a sensibilidade (conexões pessoais, artes, literatura, música), voltar a atenção para o que realmente importa (geralmente é o que o dinheiro não compra), se desarmar (abolir ou pelo menos reduzir os julgamentos alheios), reconhecer sua vulnerabilidade (afinal de contas, somos humanos), suas incertezas (que é a única certeza das nossas vidas), entender e reconhecer suas fragilidades (aprender a pedir ajuda). O ideal para o corpo é “casca grossa”, mas para a alma é “casca fina”!
Finalizando, sugiro uma reflexão sobre as virtudes da nova geração, mas equilibrando-as com o que precisa ser feito:
Não quer trabalhar com o que não gosta: a vida é curta para desperdiçá-la, mas tolerar fazer o que é preciso, mesmo sem gostar, definirá o seu sucesso. Seja na vida pessoal ou na profissional. Encare-a como uma etapa necessária do processo.
Não considera que o dinheiro é o mais importante: realmente não é, mas é ele que paga os boletos. Sem ele, não há idealismo que resista.
Quer atingir os objetivos rápido: tudo certo, mas a construção de uma vida virtuosa e feliz exige abdicações e, principalmente, tempo. Geralmente, acelerar processos desequilibra o corpo ou a alma ou ambos.
Pense nisso! Se fez sentido, comente e divulgue!
Adorei! Concordo com tudo. Grande abraço. Alexandre
Perfeito, Dr.
Abs!